quinta-feira, 30 de junho de 2011

Ternura

                                                        
                                               Eu te peço perdão por te amar de repente
                              Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentando
Pela graça indizíveldos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçurados que aceitam melancolicamente.
E posso te dizerque o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimasnem a fascinação das promessasNem as misteriosas palavrasdos véus da alma...
É um sossego, uma unção,um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta,muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noiteencontrem sem fatalidadeo olhar estático da aurora.

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